As suas origens são humildes, mas os sonhos sempre foram ambiciosos. Pedro Pablo Pichardo já se considera português de “gema” e foi com a bandeira lusa que conquistou os títulos de Campeão Europeu, Mundial e até Olímpico.
A PRO RUNNERS foi até ao Complexo Municipal de Atletismo de Setúbal, àquela que se pode chamar a segunda casa de Pichardo, não fosse o seu local de treino diário... e de eleição. Numa conversa com a pista de tartan como pano de fundo, o atleta português permitiu que viajássemos com ele até à sua infância e às origens, relembrou a chegada a Portugal, falou dos títulos conquistados e não deixou para trás a sua parceria com a PUMA, a quem afirma dever muito.
Pichardo nasceu em Santiago de Cuba e apesar das boas lembranças que diz ter da infância, a verdade é que nem tudo foi fácil para a "criança inquieta, que estava sempre a correr e a saltar no bairro". Com direito apenas a um pão por dia e muitas vezes sem água potável em casa, o mais novo de quatro irmãos (uma rapariga e três rapazes) confessa que “por vezes era complicado”, mas ainda assim era feliz.
INÍCIO NO ATLETISMO
A paixão pelo desporto começou cedo, mas não foi o atletismo que ganhou a primeira atenção. Pedro Pichardo assume que o boxe é o seu desporto favorito, mas a vida não quis que enveredasse por esse caminho... “Curiosamente quem me influenciou para o atletismo foi a minha irmã e não o meu pai [seu treinador]. A minha irmã já treinava, aliás, na altura ela até tinha melhores resultados do que eu tive com a idade dela, mas depois sofreu uma lesão muito grande que a impediu de continuar a saltar. Foi ela que me ensinou a falar e a escrever, andava sempre comigo. Levava-me para os treinos e o meu pai chamava-me à atenção para não a atrapalhar e para estar quieto, mas sentava-me dois minutos e lá ia eu correr novamente (risos). Houve um dia que o meu pai se chateou e meteu-me a correr a sério. Mesmo quando já estava cansado, dizia-me para continuar. Foi através deste castigo/brincadeira que, aos sete anos, comecei a correr.”
Com cerca de 16 anos, Pichardo teve o primeiro contacto com o triplo salto numa competição em Santiago de Cuba, contudo o seu percurso desportivo também não foi tarefa fácil. “Em Cuba não há clubes. Para competirmos a nível nacional e mundial temos de estar na capital. Nasci a 900 km de Havana e tive de me mudar ainda jovem para o Centro de Alto Rendimento para conseguir treinar e competir, mas impediram que o meu pai fosse o meu treinador”, contou.
Apesar das adversidades, em 2012, Pedro Pablo Pichardo conquista o Campeonato do Mundo de Juniores, que coloca o seu nome na lista de estrelas em ascensão do desporto mundial. Ainda assim, continuava insatisfeito com o seu treinador e pediu novamente autorização para que o pai o treinasse, autorização essa que voltou a ser rejeitada.
“Foi-me atribuído outro treinador, mas não nos entendíamos, havia faltas de respeito, confusões, os treinos não eram bons, não tinha bons resultados. Não quis continuar com aquele treinador, então fui sancionado durante seis meses, segundo eles por «rebeldia»”, comentou.
Em 2015, depois da sanção, o atleta voltou para Santiago de Cuba para treinar com pai e conseguiu a melhor marca pessoal e o quarto melhor registo de sempre no triplo salto. Saltou 18.08 metros, “uma chapada de luva branca para aqueles que não acreditavam em mim e que diziam que com o meu pai não iria ser bom atleta.”
CHEGADA A PORTUGAL
Todas as complicações que Cuba impôs no seu percurso desportivo determinaram que abandonasse o seu país natal e fosse em busca de um novo rumo... Durante um estágio na Alemanha com a Seleção Cubana, sem ninguém saber (apenas a mãe e o empresário), Pichardo fez uma viagem de 30 horas de carro para ir ter com o pai, que estava a treinar na Suécia. Foi a partir daí que começaram a surgir propostas de clubes de vários países: Espanha, Turquia, Bahrain, Portugal (através do Sport Lisboa e Benfica)...
“O meu pai começou a analisar todas as propostas, mas não estávamos muito focados na parte financeira porque nessa altura já tínhamos a parceria com a PUMA [ver caixa*]. A Turquia e o Bahrain estavam a oferecer muito dinheiro por mim, mas Portugal tinha mais condições para conseguir juntar a minha família novamente, condições de treino, ter uma casa... Os outros clubes ofereciam mais dinheiro, mas não me davam essas garantias.”
Em abril de 2017, Pichardo chega então a Portugal sem quaisquer documentos (porque Cuba lhe cancelou o passaporte), assina pelo Benfica e em dezembro desse mesmo ano consegue naturalizar-se cidadão português, sob o julgamento de muitas pessoas que “não entenderam a rapidez com que fui naturalizado. Mas a verdade é que se não fossem esses documentos, não tinha os títulos que tenho hoje.”
O atleta, que se define como “determinado e focado”, via assim a sua vida a encaminhar-se, mas ainda a adaptação a Portugal nem sempre correu como esperado. “No começo foi um pouco complicado porque as pessoas não sabiam quem eu era e questionavam o facto de ter conseguido a naturalização de forma tão célere. Depois foi também a rivalidade que se instalou com o Nélson Évora, porque diziam que eu ia chegar aqui e bater o recorde dele (que estava no Sporting Clube de Portugal)...
Também houve vezes em que fui impedido de entrar nos estádios para treinar e outras em que estava na caixa de areia e quando chegavam outros colegas, hoje alguns deles meus amigos, tinha de sair. Foi uma altura difícil... Treinava nos parques da cidade, em praias, na rua... arranjava sítios, mas a minha modalidade é complicada porque preciso de uma caixa de areia e isso atrapalhava um pouco o treino, mas nunca desisti e procurei sempre outras soluções”, vincou.
Atualmente, “apesar de ainda não falar muito bem português, sinto-me português a cem por cento. Quando me dizem que sou cubano fico um pouco incomodado, não me sinto bem, porque a maior parte das pessoas não sabe o que passei em Cuba.
Comecei a rejeitar o país onde nasci e hoje saber que um país me acolheu como se tivesse nascido cá, é... fico sem palavras mesmo. Definitivamente nasci no país errado. Não escolhemos onde nascemos, mas felizmente podemos escolher onde vivemos”, frisou.
TÍTULOS
Com apenas 29 anos, Pedro Pablo Pichardo já conta com um currículo impressionante. Em agosto de 2021, depois de ter conquistado o título de Campeão Europeu de Pista Coberta na Polónia, o atleta luso alcançou o auge da sua carreira, sagrando-se Campeão Olímpico, com a melhor marca mundial do ano: 17,98 metros.
Apesar do feito histórico, confessa que a experiência em Tóquio foi agridoce: “é verdade que nesse ano ganhei quase tudo [depois dos Jogos Olímpicos ainda venceu a Liga Diamante], mas com a pandemia foi difícil. Não nos deixavam sair, todos os dias tínhamos de fazer teste à Covid-19 de manhã e eu estava com receio porque numa aldeia olímpica estão pessoas de vários países com quem lidamos... Depois as bancadas estavam vazias, não havia público, só tinha o meu pai e os meus colegas da Seleção. A fazer o triplo salto batia as palmas habituais e não se ouvia o barulho do público e essa parte não foi tão boa. Mas a parte desportiva correu bem, é um título muito importante para um atleta da minha modalidade e foi especial para mim, claro.”
O Campeão Olímpico viu erguer a bandeira portuguesa em Tóquio e, ao contrário do que muitos pensavam, acompanhou o hino nacional do início ao fim. “Infelizmente tinha de estar de máscara, e por isso não se via, mas estava a cantar «A Portuguesa», embora com um sotaque diferente”, disse, orgulhoso.
À medalha de ouro deu o mesmo destino de todas as outras arrecadadas até ao momento, pois afirma que “num dia em que guardar uma medalha num sítio especial será quando acabar a minha carreira. Então como ainda tenho esperança de continuar a conquistar muitas mais ainda não consigo priorizar uma.”
Questionado sobre se alguma coisa tinha mudado depois de ganhar os Jogos Olímpicos, Pedro Pichardo foi sincero: “Obviamente que sim. Se dissesse o contrário, estaria a ser hipócrita. Infelizmente a vida é assim. Antigamente passava despercebido nos sítios, hoje em dia a qualquer lado que vá há sempre uma ou outra pessoa que me reconhece. Ser conhecido é bom para algumas coisas, por exemplo, agora já não preciso de fazer marcações nos restaurantes, apenas apareço (risos). Mas como sou tímido ainda não consigo ficar à vontade quando estou a comer em público porque estou sempre com a preocupação de estar a fazer alguma coisa de errado.”
A senda de vitórias estendeu-se para a época 2022 e, entre julho e agosto, Pedro Pichardo arrecadou as conquistas que faltavam no seu currículo - o Mundial e o Europeu de Atletismo - sendo assim o quarto português a conseguir o ouro olímpico, mundial e europeu (apenas Rosa Mota, Fernanda Ribeiro e Nélson Évora também o fizeram). Pichardo levou Portugal às bocas do mundo e este ano foi homenageado no Complexo Municipal de Atletismo de Setúbal, onde treina, condecorado com o grau de Grã-Cruz da Ordem do Mérito pelo Presidente da República, recebeu do Comité Olímpico de Portugal (COP) o prémio de Excelência Desportiva do ano e foi ainda nomeado para melhor atleta da Europa e do Mundo pela World Athletics. Mas os triunfos de 2022 não ficaram por aqui. O atleta do triplo salto estabeleceu ainda o novo recorde nacional em Pista Coberta (17.46 m), alcançando a medalha de prata nos Mundiais de Pista Coberta, que se realizaram em março, em Belgrado.
SACRIFÍCIOS EM NOME DO DESPORTO
Tal como a maioria dos atletas de alta competição, a rotina de Pedro Pichardo baseia-se essencialmente nos treinos e no descanso, sobrando pouco tempo para o lazer. “Sou uma pessoa muito aborrecida (risos). A minha parceira tem de ter muita coragem porque a minha vida é um tédio. Em termos de treinos, há alturas que faço treinos bidiários. Num dia normal, que não é bidiário, se um treino começar às 10h, acordo às 8h, arranjo-me, tomo o pequeno almoço e saio para treinar. Os treinos duram cerca de 3 a 5 horas, depois acaba o treino, tenho a parte de recuperação também aqui no complexo e vou para casa descansar, jogar Playstation, ver uma série, comer bem... é assim que costuma ser o meu dia a dia básico. Além de treinar, tenho de dar prioridade também ao descanso, não posso sair muito, mas faz parte, é o meu trabalho”, referiu o atleta.
Embora afirme que não se arrepende das suas escolhas, admite que “a minha juventude não tem sido aproveitada. As pessoas às vezes dizem: «vocês compram carros todos os dias e estão bem financeiramente», mas o que é certo é que o tempo ninguém recupera e o dinheiro não é tudo. Há coisas que os meus amigos me dizem que fazem e que eu nunca fiz. Esta é que é a parte que considero menos boa, não ter tempo para fazer mais coisas”, acrescentou.
Apesar das consequências da profissão que escolheu, Pedro Pichardo afirma que o que o deixa mais feliz é “saber que todo este sacrifício que estou a fazer vale a pena. Que todos os esforços estão a ser compensados, que a minha família está estável e comigo. Depois é quando ganho, desfruto muito nas competições. Outra coisa que também me deixa feliz desde que vim para Portugal é o reconhecimento das pessoas, que gostam mesmo de mim como pessoa, não só como atleta. Portugal é o meu país, é o meu povo, como costumo dizer”, enfatizou.
PRÓXIMO SALTO...
O futebol é o desporto Rei em Portugal e o atletismo que o diga... Na opinião de Pichardo é evidente que faltam apoios para a modalidade, mas também faltam atletas e bons resultados.
“Temos de ser realistas. É bem verdade que a economia no futebol é diferente e que o Governo e as entidades desportivas deviam apoiar mais o atletismo, uma vez que até é a única modalidade que tem campeões olímpicos. Mas também é verdade que há muitos colegas meus que são apoiados, mas que não apresentam resultados e aí torna-se difícil elevar o nome do atletismo. Ando sempre nessa luta, mas parece que por mais tempo que passe não me conseguem ver como cidadão português... Seja como for, vou continuar a lutar pelo meu desporto, disso não tenho dúvidas. Gostava que o triplo salto fosse como no futebol. Por exemplo, o Eusébio partiu, mas Portugal continua com grandes referências, como o Cristiano Ronaldo... Agora no triplo salto, amanhã estou em casa, quero ver o meu próprio desporto e não há ninguém que faça triplo salto, porque hoje em dia não há jovens a fazer triplo salto, vou às competições e não está lá ninguém dos escalões de juventude.... Quando acabar a minha carreira o que vão fazer? Vão a Cuba buscar outro Pichardo? É preciso trabalhar nos jovens e neste desporto”, deixa o alerta.
Pichardo já conquistou praticamente tudo o que havia para ganhar, mas ainda assim a sua ambição continua do tamanho dos seus sonhos e os objetivos não ficam por aqui. Estabelecer um novo recorde do mundo no triplo salto está nos seus planos e garante que vai trabalhar para chegar lá. A motivá-lo tem sempre o pai, e treinador, que define como uma pessoa “muito focada, disciplinada e exigente e que está presente em todas as ocasiões”, reitera.
“Penso que consigo saltar acima do recorde do mundo [18,29 m]. Pelo menos chegar aos 18,30 m acho que consigo. O meu pai diz que posso fazer mais, mas acredito que pelo menos ao recorde do mundo chego lá”, vincou Pichardo, cujo sonho é viver em Portugal até morrer e ter a família e um emprego sempre estável.
Quanto a um plano B... “Todos dizem que tenho jeito para ser treinador, porque gosto de corrigir e tenho boa visão, mas não me sentiria bem. Depois de tantos anos no desporto, quando a minha carreira acabar gostaria de fazer outra coisa completamente diferente. Deixar de ver pista, areia, «bicos» [sapatos usados no triplo salto]... Começar outra coisa, mas não sei como vai ser. É esperar para ver”, concluiu.
Cá estaremos na primeira fila a assistir e aplaudir este campeão que embora com inúmeras medalhas de bronze, prata e ouro, continua sem perder a humildade, não esquecendo de onde veio para que isso o leve a saltar ainda “mais rápido, mais alto, mais forte”... Até porque Paris 2024 está a um salto de distância.
* "Representar a PUMA para mim é tudo”
Foi em 2013 que nasceu a parceria entre a marca PUMA e Pedro Pablo Pichardo. Já atleta na altura, mas ainda a viver com os pais, estava convicto a dar uma vida melhor para a sua família e foi atrás dessa oportunidade.
“Na altura soube que o Pascal Rolling (Diretor de Marketing Desportivo/Running da PUMA Internacional), estava hospedado num hotel em Havana e o que já tinha passado até então fez-me pensar que tinha de fazer alguma coisa... E fiz. Fui até a Havana com um amigo, que me emprestou dinheiro e fui procurar o Pascal. Ele não estava no hotel, então esperámos cerca de quatro horas, sem comer nem beber água, até que ele apareceu de carro e fui abordá-lo. Inicialmente assustou-se, porque não estava à espera, mas rapidamente me apresentei e expliquei-lhe a minha situação... O Pascal é um grande Homem, entendeu de imediato o lado humano e não tanto o desportivo e disse que me ia ajudar, que ia voltar a França, mas que regressava a Cuba com um contrato para eu assinar e com algum dinheiro para me ajudar e assim foi... Um mês depois estava novamente em Cuba comigo. Em 2013 assinei o contrato com a PUMA e aí a vida começou a melhorar um pouco. A primeira coisa que fiz foi dar dinheiro à minha mãe para começarem a comer melhor, para comprarem carne, ventiladores, televisão... Foi assim que a minha mãe começou a reparar a casa e a pouco e pouco a nossa vida começou a melhorar. Desde aí, eu e a PUMA nunca mais nos largámos. Já tive outras propostas, mas só deixo a PUMA se a marca quiser... A PUMA tem-me ajudado muito”, sublinhou.
PUMA DEVIATE NITRO 2: amortecimento perfeito
Consciente de que um bom equipamento é fundamental para as suas performances e para evitar lesões, Pichardo é fiel aos «bicos» da PUMA, que são totalmente personaliza dos para o seu pé. Quando está a fazer trabalho de ginásio ou simplesmente para o seu dia a dia, o atleta também não dispensa as sapatilhas PUMA. Nos Mundiais deste ano, Pichardo usou o mesmo modelo que estava a usar nesta entrevista, as PUMA DEVIATE NITRO 2, das quais destaca principalmente o facto de serem leves e de terem um bom amortecimento, algo muito importante para um atleta de triplo salto.
Os Deviate NITRO 2 destacam-se pela sua sola de espuma NITRO Elite premium para amortecimento e propulsão extremos, enquanto garantem leveza com os seus 214g no modelo de mulher e 262g no modelo de homem. Já o inovador design da plataforma, com a renovada PWRPLATE em fibra de carbono, atua como uma alavanca para melhorar a transferência de energia e otimizar a eficiência de corrida. A malha respirável ainda oferece aderência e acolchoamento extra no tornozelo para prevenir escorregadelas. A tração melhorada com a borracha PUMAGRIP dá o sprint final para esta sapatilha de corrida que se destaca pela sua tecnologia.
(Alguns) Títulos DE PEDRO PABLO PICHARDO
2012 - Campeão do Mundo de Juniores (Barcelona)
2013 - Vice-campeão do Mundo (Moscovo)
2014 - Medalha de Bronze no Campeonato Mundial de Pista Coberta (Polónia)
2015 - Campeão dos Jogos Pan-Americanos (Toronto); Vice-campeão do mundo (Pequim)
2018 - Vencedor da Liga Diamante (Doha)
2021 - Campeão Europeu de Pista Coberta (Polónia); Campeão Olímpico (Tóquio); Vencedor da Liga Diamante (Londres); Vencedor do Memorial István Gyulai
2022 - Vice-campeão de Pista Coberta (Belgrado); Campeão Mundial (Eugene); Campeão Europeu (Munique)
FAST LANE...
- Idade: 29 anos
- Local onde vive: Setúbal
- Não sai de casa sem: Brincos
- Gostava de ser lembrado como: Uma lenda, uma pessoa que mostrou que não há impossíveis
- Treinar sozinho ou acompanhado: Acompanhado acho que era melhor
- Local preferido para treinar:Pista de Atletismo de Setúbal
- Comida favorita: Bife à portuguesa
- Um defeito: Teimoso
- Uma qualidade: Boa pessoa
- Superstição: Ligar à minha mãe antes das provas
- Para si o atletismo é: A minha vida
- Maior sonho: Ter sempre a minha família bem
- Principais resultados: Jogos Olímpicos, ser um dos poucos homens a saltar acima de 18 metros, amarca do Mundial 2022 (17.95) e o primeiro título que tive por Portugal (Campeão da Europa de Pista Coberta).
- Quantas sapatilhas tem: mais de 300, tenho um quarto só para as sapatilhas
- Uma mania: Meter sempre perfume
A Pro Runners agradece ao Complexo Municipal de Atletismo de Setúbal a disponibilidade e a cedência do espaço para a realização desta reportagem.
Fotos: César Satos