Depois de, no ano passado, ter participado na Maratona de Nova Iorque, de tão boa memória, regressei este ano, com “os suspeitos do costume” ao continente americano, desta vez para ser um dos 52.150 atletas que participaram na Maratona de Chicago e que fizeram da edição de 2024 a maior da história daquela cidade, num evento que começou em 1977.

Mas a aventura começou uns dias antes porque, como já referi em testemunhos anteriores, aos kms corridos no alcatrão somo sempre algumas outras centenas a visitar outros destinos circundantes, (de carro é claro). Só que desta vez não foram centenas, foram mais de 2 milhares! Isto porque decidimos viajar diretamente de Lisboa para o Toronto, de forma a pernoitarmos junto às Cataratas do Niágara, (quem me seguir no Strava pode lá encontrar uma breve corrida, logo no dia seguinte pela fresquinha).

Depois das formalidades cumpridas, isto é, fazermos o trajeto de barco para apreciar de perto as famosas quedas de água, algo digno de ser visto, partimos rumo a Detroit para experienciar um jogo de hóquei no gelo. Não sei antes viver as agruras de atravessar a fronteira que liga o Canadá aos Estados Unidos. Se por via área a situação não é nada de transcendente, por via terrestre não posso dizer que seja uma experiência assim tão agradável.

Mas lá fomos nós em frente, até ao destino final: Chicago! Da cidade só tenho a dizer bem. Um skyline brutal, arquitetura fantástica, adorei. Ainda para mais na véspera da corrida fomos assistir a um jogo de Basquetebol dos Chicago Bulls.

Em relação à feira da Maratona, algo nunca visto. Se no ano passado em Nova Iorque, fui surpreendido pela negativa, face à rutura de stock das longsleeves da prova, aqui a surpresa foi positiva já que quando passamos a entrada é lido o QR Code da inscrição e quando chegamos ao stand já têm o dorsal e a t-shirt em mãos para nos entregarem. Sem esperas, sem complicações e com uma simpatia digna de registo.

Já vai longo o testemunho pelo que, o que posso dizer em relação à corrida? O melhor possível. Milhares e milhares de pessoas a incentivar ao longo dos 42 km. Porque um dos meus amigos estava a recuperar duma lesão, imprimimos um pace mais suave e isso permitiu-nos apreciar ainda melhor o apoio do público. Foi Brutal!

Malas feitas, ainda houve tempo para dar uma saltada a Cleveland e “apanhar” o avião novamente em Toronto. Aconselho vivamente esta prova, uma daquelas de que vou lembrar-me para sempre.

Boas corridas!